Segundo o Dados Anuais Atividade Doacao_Transplantacao_2023 apresentado pelo IPST em Maio2024, em Portugal, houve um aumento significativo nos transplantes autólogos nos últimos anos. Em 2023, registou-se um aumento de 12,4% em relação ao período homólogo anterior, destacando a crescente utilização de transplantes de células hematopoiéticas provenientes do próprio paciente para tratamento de várias doenças. Paralelamente, o número de colheitas de células do cordão umbilical tem vindo a crescer, refletindo um aumento na conscientização sobre os benefícios da preservação deste tipo de células. Em 2023, as colheitas de sangue e tecido do cordão umbilical representaram uma parte significativa da atividade nacional, com um total de 5.218 amostras recolhidas.
No que toca às doações para países terceiros, Portugal tem desempenhado um papel ativo. Em 2023, houve um total de 77 transplantes nacionais que utilizaram doações internacionais, provenientes de diversos países, incluindo Alemanha (45), Estados Unidos (8), e Israel (4), entre outros. Estes números destacam a colaboração internacional e a importância das doações de células para responder às necessidades de saúde dos pacientes portugueses.
Além disso, as doações do estrangeiro para necessidades portuguesas também têm sido significativas. Em 2023, foram registadas 64 doações internacionais, com a maioria proveniente dos Estados Unidos (14) e Alemanha (5). Esta troca de recursos biológicos entre países demonstra a importância de uma rede global para a doação de células hematopoiéticas.
Para casais grávidos em Portugal, especialmente aqueles entre 25 e 40 anos, a preservação de sangue do cordão umbilical em bancos privados pode oferecer uma garantia adicional para a saúde futura dos seus filhos. O aumento nas colheitas e transplantes autólogos sublinha a importância deste recurso biológico. Preservar o sangue do cordão umbilical pode ser crucial em tratamentos futuros, oferecendo uma alternativa segura e eficaz para diversas doenças hematológicas e imunológicas. Investir na preservação privada deste tipo de células pode ser uma decisão estratégica e preventiva para assegurar opções de tratamento mais amplas e personalizadas no futuro.
In https://www.ipst.pt/index.php/pt/comunicacao/newsletter-ipst-ip/907
